sábado, 3 de abril de 2010

tem dias que a saudades me consome a alma. nesses dias saio, ando incansavelmente pelas ruas de uma cidade, que mais e mais conheço como se fosse minha, mas que me desconhece e me esconde em meio a suas ruas, suas gentes, seus rostos grudados nas paredes.
me escondo no meio de ruas de gentes perdidas em ver as luzes que iluminam 100 anos de avenida. me deixo esconder e ocultar nesse lugar em que agora sou de novo ninguém. uno solo es alguién cuando reflejado en otro, dicen. um só é alguém quando seu reflexo está no espelho de humanidades. eu hoje não tenho espelhos nem reflexos. eu hoje não sou. e por não ser posso caminhar nas ruas dessa cidade e ser o que seja, a menina com a flor na cabeça, a que anda dançando e cantarolando canções dispersas, a que ri sózinha, a que chora. hoje, por não ser ninguém, posso ser o que for.
liberdade solitária que consome a saudades que consome a alma. saudades estática, liberdade inventada, até o próximo surto, até o próximo riso, até o próximo pranto.

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