sábado, 12 de diciembre de 2009

miércoles, 22 de julio de 2009

If you believed they put a man on the moon...

Faz 40 anos que o homem (supostamente) pôs o pé na lua. "Um pequeno passo para um homem, um grande passo para a humanidade", disse. Anos de investigação bilhões de dólares de investimento, astronautas perdidos no espaço e até uma cadela, que chegou perto perto... E ainda assim, com tudo isso, nos dias que eu preciso desaparecer, não existe nenhuma low cost fazendo promoção de viagem só de ida pra lua, nenhum pacote turístico do last minute, nem um nada.
E sim, queria ir para a lua e passar aí um par de semanas, sozinha, no escuro, vendo o mundo desde outra perspectiva, em silêncio, quem sabe até, mais perto de Deus.Queria me esconder do mundo (diria Mafalda, pare o mundo que eu quero descer), queria me isolar de tudo e de todos e sentir algo, um minuto que fosse, de paz...
Já que a Nasa não colabora, vou buscando minha lua internamente... até lá, if you need me, I´ll be the man on the moon...

domingo, 19 de julio de 2009

Oração




Canto do povo de algum lugar


Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia

Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde

Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite

domingo, 12 de julio de 2009

sempre que íamos no carro, nas muitas horas que separavam a casa do destino final, eu ía dormindo. Era o meu jeito de fazer o tempo passar rápido, as intermináveis horas que me separavam do desconhecido, do novo, do outro lugar, outras pessoas, outras gentes. Lembro que sempre em um ou outro momento acordava, com o comentário, dele ou dela, dizendo para olhar e ver qualquer coisa estática e impressionante que ficava para trás dos marcos determinados pelo vidro quadrado das janelas do carro. Lembro de não dar importancia, falar qualquer coisa (um tá bom mais) e voltar a dormir, enquanto brigava com meus irmãos pelo espaço sempre apertado - para as minhas (sempre) longas pernas - que tem a parte do meio do banco de trás.
ontem olhava pelas janelas do ônibus, que como sempre atrasado, me levava para outro lugar. distante, desconhecido, refúgio. olhava pela janela porque dessa vez, longe da inocência daquele outro tempo em que me preocupava o banco do carro, não podia dormir. olhava pela janela me lembrava dele dizendo que não dormisse, porque o mundo também passava por trás das janelas. também era mundo aquilo que ficava para trás e se podia ver só por segundos. passamos por um campo com enormes hélices de geração de enrgia eólica justo na hora do pôr do sol. sei que lhe perguntaria como funcionava aquela plantação elétrica. e que ele contaria, com detalhes, paciência, gosto e amor como a energia cinética se transformaria em elétrica, e como se armazenaria a energia do movimento, e como se movimentaria a energia da eletricidade. e depois de terminar sua explicação colocaria alguma música com o volume bem alto, para seguir aproveitando daquele mundo que voava pelos olhos.
me lembro desses diálogos, pequenos fragmentos de memória. penso no mundo que não vivi enquanto dormia.



jueves, 9 de julio de 2009

Meu braço pesa.
Caminho pelas ruas dessa cidade e meu braço pesa.
Minha mão toca o solo a cada passo.
Pesa.
Porque já não existe a mão que segura a outra, que lhe apoia.
Enquanto caminho pela cidade, pelo mundo.
O braço se arrasta pelo chão.

princípio

Só existe uma coisa que impulse o princípio de algo novo.
O desejo que venha das entranhas de mudar.
Transformação.
Seja como a vida continue agora, será outra. Distinta, nova.
Renascida, redescoberta.
E para outra vida, dúvidas. Incertezas. Decisiones por tomar.
E para outra vida, outros espaços e outras maneiras de contarla.
E para outra vida, outras maneiras de viver-la.
Reinventarse. Reinventarla.
Isso é algo.